sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dear My Friend...


Palavras. Perdidas nesse papel como grandes manchas de tinta, não expressam nada nem ao menos o quão grande é a minha saudade por aquela pessoa que me fazia rir.
Ontem eu andei por tudo o que passamos juntas, todas as aulas que enfrentamos, pelo passado que agora simplesmente se encaixa em algo que não parece ser real, entrei na sala que riamos, que discutíamos e que brincávamos e até mesmo parei no local onde nos conhecemos, fiquei ali um longo tempo, desfrutando das lembranças dolorosas que todos os sorrisos que ela me deu ali, deixaram.
As lagrimas caiam de meu olhos, sem ela ali eu notei, nada tinha graça. Mas naquele ultimo ano, tudo se tornou tão... Superficial. É essa é a palavra correta, ou talvez não. Eu me arrependo em cada palavra que eu disse sobre coisas inúteis, ao invés de ouvi-la falar sobre algo que ela gostava, me arrependo de ter xingado os próprios filósofos, os homens que ela admirava, que eu não pude ver o quão grande eram por uma maldita obsessão inútil.
O nosso “cantinho”, como costumávamos chamar, já não era mais nosso, agora várias pessoas se sentavam lá, e eu simplesmente passava reto e sentava em um canto qualquer com um caderno, tomando palavras ridículas e viciadas em um vocalista novamente, a letra pequena, não havia ninguém para gritar comigo, discutir, dizer que eu dava mais atenção ao caderno do que a ela, e isso me fez falta.
Me fez falta, a musica que todos os dias estava nos meus ouvidos, as musicas que eu decorei ainda estavam gravadas na minha mente, mas sem ela, não havia mais um porque cantá-las. Seria algo impossível de mais imaginar o que eu faria agora, sem ela ali.
E eu me lembrei, que eu brigava com ela, por coisas inúteis, que eu morria de ciúmes, que eu realmente não ligava pra muita coisa que ela dizia. Palavras em vão, sorrisos que eu não vi, lágrimas perdidas por idiotices e momentos que eu podia tê-la abraçado mas eu estava mais preocupada falando de um homem que eu nunca vou conhecer.
O dia passou lento até que eu pudesse sair daquele inferno, porque se tornou um inferno sem ela por perto, agora eu via tudo de uma nova perspectiva. Eu voltei pra casa,de cabeça baixa, as gotas de chuva caiam sobre o meu cabelo loiro liso, eu não olhei para o lado e nem ao menos me preocupei em brincar e dizer “Minha chapinha”. Eu poderia fazer de novo e foi aí que eu pensei em como eu perdi momentos, por idiotices minhas, por causa do meu maldito cabelo, por culpa de algo tão...Insignificante, essa era a palavra certa. Insignificante diante dos olhares, sorrisos, brincadeiras, abraços e até mesmo quando eu ouvia ao longe ela gritar meu nome, naquele momento eu me sentia feliz. Mas não ouviria novamente, tão cedo. As chances de eu ver ela novamente eram poucas não tantas como antes, eu sentiria falta de quando éramos apenas nós duas.
E as pessoas que eu odiava, continuavam lá naquela maldita escola, as hipócritas ainda me deram feliz aniversário com um rosto todo contente como se não tivessem destruído minha sanidade todos os dias e me feito imaginar eu acabando com todas as esperanças delas. Desculpe, mas é a verdade.
E nada vai, nada volta, nada muda, meu olhar ainda estava ali perdido, metralhando o chão por onde eu caminhava com passos lentos, algumas pessoas falaram comigo e eu nem ao menos me dei o trabalho de ouvir, meus dias se tornaram tão vagos que eu nem ao menos senti necessidade de dizer alguma coisa no caminho de volta.
Cheguei em casa e fui até minha caixa de lembranças, as coisas ainda estavam lá, nossos pequenos tesouros, os da apresentação de português até o desenho que ela fez para mim de aniversário, o que eu mais gostei e até hoje lembro. Talvez se ela pudesse ver como sinto a falta dela... Talvez ela também estivesse pensando em mim, mas eu queria realmente que eu pudesse simplesmente fechar os olhos e ela estaria novamente, passeando por aqueles corredores ao meu lado e rindo comigo, de algo que ninguém a nossa volta entende e jamais entenderá, algo simples, como o porque ela foi a única pessoa capaz de enxergar a pessoa por trás da minha mascara de mentiras.

"Se meu grito voasse livremente que nem aquele pássaro quão bom seria[...] Meu querido amigo séra que se eu segurar nessa nuvem, ela me levará até você? E se um dia nos encontrarmos de novo dessa vez eu segurarei a sua mão forte, para nunca mais se soltar nunca mais se soltar."

Sinto sua falta, danna <3

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