domingo, 31 de janeiro de 2010

Meu grande vicio



Um ano a caminho do inferno, um ano irritada, um ano morrendo de dor, não só por fora, por dentro... A cada corte que eu fazia no meu peito, cicatrizava por fora, mas não na alma, cada suspiro que eu guardava para mim se refletia nos meus olhos, o sorriso superficial nos meus lábios era obra de toda a hipocrisia do mundo. É claro que a essa altura eu não posso concordar que sou feliz com isso.
A chuva bate na minha janela, novamente estou rasgando as “provas” do passado, as fotos apagadas e manchadas do meu peito, que a minha memória guardou daquele rosto atraente e completamente falso, o cigarro entre os dedos, tragando-o aos poucos e soltando a fumaça para fora daquele vidro, mas por dentro da minha mente, o que provavelmente deixou meus pulmões e minha solidão negros como cada noite que eu passei sozinha,sem noticias, sem respostas dela.
Ela... Ah cada palavra daqueles lábios que eu queria possuir a cada momento, cada olhar falso com um pingo de incerteza no que mostrava, cada toque sem vida que destruía meu coração e rasgava a minha consciência, se você soubesse o buraco no meu peito... Se você soubesse o quanto eu sofro com você, me deixaria em paz de uma vez por todas e sumiria no horizonte falso que eu criei da terra da fantasia, para nunca mais retornar e me deixaria ficar com a pessoa que eu realmente amo e afastei com as mentiras contadas sobre você, aquela que guardo no meu peito junto com todos os momentos que passei ao lado dela. Espero que saiba que eu a amo.
Minha mala pequena,algumas roupas muitos sentimentos, na outra mão, o maço de cigarros, eu passei pelo lixo e ali deixei o resto daquele pequeno vicio, não apenas os cigarros... Mas sim, você. Prometi que sempre estaria ao seu lado e seria sua amiga, apesar de tudo, ainda sou, não se preocupe, mas só hoje... Não me ligue mais.

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